Bodas de Ouro e Bodas de Prata

Estão preparados para dose em dobro de amor? Se já amamos bodas de casamento, imagina essa dupla! Sergio e Maria Isabel se casaram em 1967. Ramon e Débora em 1992. A Débora sonhou com essa comemoração em família por, pelo menos, cinco anos. E ela conta mais detalhes. Mas, além da inspiração da festa, também compartilhou grandes ensinamentos para a gente, amei.

“Pra mim, estes foram cinco anos de contagem regressiva, pensando em como seria emocionante se conseguíssemos concretizar nosso sonho! Esse tempo também me permitiu pensar com calma cada detalhe. Afinal, teria que ser uma comemoração que tivesse a cara dos quatro.

Meus pais são dois fofos. Então, foi muito gostoso pensar como faríamos a comemoração. Eles confiaram totalmente em mim, delegando toda a organização e planejamento. Se permitiram se surpreender com muitas coisas que não sabiam como seria no grande dia!

Eu tinha ideia de fazer fora de São Paulo. O campo sempre agradou muito todos nós. Também havia a perspectiva de envolver mais os convidados com a festa. Além disso, fazer fora nos fez pensar que aqueles que estariam, realmente estariam porque queriam muito estar conosco neste dia tão especial!

Como as bodas dos meus pais seriam em dezembro e as minhas em julho, decidimos que deveria ser entre uma data e outra e durante um final de semana.

Não posso deixar de citar o carinho e competência do casal de fotógrafos Anna Quast e Ricky Arruda, que conseguiram captar com suas lentes e sensibilidade a emoção de cada gesto, de cada sorriso e de cada lágrima. Os dois são uma graça, cada um com seu jeito. E ambos super competentes, cada um com seu olhar.

Procuramos resgatar algumas coisas de nossas cerimonias de casamento. O primeiro aspecto é que todos concordamos que deveríamos ter uma benção religiosa. Não faria sentido algum só comemorarmos com uma recepção. Minha mãe utilizou o mesmo terço de seu casamento, guardado por estes 50 anos com muito carinho.

Acreditamos que no casamento da primeira vez, além de todo amor envolvido e que nos uniu, havia o mistério do desconhecido, da vida a dois e dos desafios que teríamos pela frente. Nas bodas foi diferente. Mas, apesar de  vivermos uma nova experiência, foi tão intenso e marcante quanto da primeira vez.

Posso dizer que senti o mesmo ‘frio na barriga’, mas de um jeito diferente.  No primeiro casamento era a expectativa de como seria viver o resto da minha vida com ele. Agora, foi o sentimento de realização e amor profundo, de que passou tão rápido e de desejo para que possamos seguir assim, juntos, nos amando e nos respeitando até o final, como disse meu pai em seus votos.

A renovação dos votos de casamento para nós, meu marido e eu, fez parte da construção da nossa relação ao longo destes 25 anos.

Não acho que há uma fórmula mágica para um bom relacionamento duradouro. Do contrário, seria muito fácil a maioria dos casamentos dar certo. Acredito que o fator principal é que todo mundo deva ter sua cara metade, aquela pessoa que se encaixa perfeitamente com você. Como encontrá-la? Não sei! Acho que aí entra um pouco da Providência Divina. Mas, é claro que só isso não é suficiente.

Os desafios do casamento são inúmeros e também infinitos. Além disso, mudam ao longo do tempo. Os dois precisam estar dispostos a fazer dar certo. Isto inclui, além do amor, saber se colocar no lugar do outro e respeitar a individualidade e espaço de cada um. Porque as pessoas aprendem errando, e saber perdoar é essencial.

O casamento que dura 25, 50,70 anos não é perfeito. Todos temos problemas, fases ruins… Mas, com certeza é de duas pessoas que se amam e trabalharam duro, pois queriam muito continuar juntas até o momento em que um fizer o outro feliz. Afinal, não há casamento que dure quando um dos dois já não é mais feliz.

Sempre admirei muito o amor que meus pais demonstram pelo outro, isso sempre foi muito evidente. Foram muitos desafios que eles enfrentaram e por muitas vezes achei que o casamento não iria resistir. Mas, o amor que os une e a vontade de fazer dar certo são tão fortes que eles foram encontrando os caminhos ao longo do tempo. 

A experiência, com o passar dos anos, assim como a maturidade, aos poucos nos ensina que não somos infalíveis. Afinal, as pessoas são diferentes. Então, tentar entender  o outro, seu ponto de vista, suas atitudes e fraquezas pode ser o início de um casamento duradouro”. 

Bodas felizes!

Relações profissionais

Foto: Anna Quast e Ricky Arruda (SP)

Vídeo: Vinicius Credidio (SP)

Local: Fazenda Lageado (SP)

Assessoria: Babi Leite (SP)

 

Doces e Bolos: Atelier Mariza Doces (SP)

Bar: Cocktelaria (SP)

Beleza: Rick De Kastro (SP)

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