Cerimônia de Amor

A história da Rito | Cerimônias Especiais nasceu do amor. A gaúcha Márcia Henz procurou durante muito tempo o celebrante ideal para realizar seu casamento na praia, até perceber que o que ela e seu noivo (o Rafael) buscavam simplesmente não existia. Márcia decidiu, então, escrever sua própria cerimônia e o resultado foi tão comovente que comprovou seu talento e sua grande sensibilidade para exercer tal função. Na lua de mel, durante um banho de mar, uma ideia a tomou de assalto: “e se eu pudesse fazer esse bem por outras pessoas também?”. Seu insight resultou na criação da Rito quatro meses mais tarde, em fevereiro de 2013. Confira, na entrevista a seguir, vários detalhes sobre o seu trabalho.

Qual é o perfil dos noivos que procuram seu trabalho?
Os perfis são diversos, mas a grande maioria é composta por pessoas que sentem que têm uma espiritualidade própria, que não depende de instituições. Também me procuram casais cujas famílias têm religiões diferentes e que querem uma alternativa neutra, por exemplo. Nós abarcamos quaisquer contextos culturais ou religiosos e oferecemos a possibilidade de celebrar também em inglês e espanhol, o que tem aumentado a procura por casais em que um é brasileiro e o outro é estrangeiro. Aos poucos, percebo que a procura por uniões homoafetivas também têm crescido, o que me deixa muito feliz.

Pode compartilhar como foi o processo de escrever sua própria cerimônia?
Pesquisei e li muita coisa a respeito, peguei estrada para assistir a casórios fora da cidade, trânsito para assistir a cerimônias em dia útil, vi vídeos na internet… Gastei bastante tempo na procura (e toda noiva sabe o quanto esse tempo pré-casório é precioso)! Depois de alguns meses, finalmente entendemos que não iríamos encontrar aquilo que procurávamos, porque ainda não existia. Foi assim que decidi escrever a cerimônia. Não foi algo fácil, mas confiei no meu talento para escrever: escolhi palavras que me comovem e botei fé que, através dessa emoção, todos entenderiam que Deus estaria presente. O resultado foi um rito lindo e emocionante, recheado de significados que faziam sentido para a gente. Havia, ali, verdade e amor. E isso une.

E como é o contato com os clientes? Você mesma escuta as histórias e as coloca no papel?
Sim, embora hoje eu tenha uma equipe que também celebra, sou eu quem escreve todas as nossas cerimônias e, para isso, preciso conhecer os noivos! Fazemos pelo menos uma Sessão de Conversa, pessoalmente ou por Skype (caso dos noivos que moram fora de São Paulo) e, depois, aprofundamos em temas como filosofia de vida, valores, história do casal… O roteiro é extenso, mas leve. Eu acredito que falar sobre esses temas assim tão pertinho da data também ajuda os noivos a resgatarem em suas histórias aquilo que é realmente importante e que os trouxe até ali. É uma troca muito rica.

Com quanto tempo de antecedência sugere que os noivos procurem o trabalho da Rito?
Se for preciso, eu consigo criar uma cerimônia em dez dias, mas gosto de fazer tudo com calma então iniciamos o processo com três meses de antecedência.
Por outro lado, como a nossa agenda costuma ficar concorrida bem antes disso, o ideal é que os noivos reservarem a data assim que possível.

Que tipo de serviços a empresa oferece hoje? Vão além da escrita do texto da cerimônia?
Além das cerimônias de casamento, oferecemos também outros dois serviços: celebramos batizados lindos, que chamo de Cerimônia de Boas Vindas, em que envolvemos não somente os pais e os padrinhos do bebê, mas todas as pessoas que farão parte da nova vida do casal e da criança: avós, amigos, tios… É uma cerimônia muito especial, leve e emocionante ao mesmo tempo! E, por fim, para aqueles que não gostam muito de escrever, oferecemos um serviço opcional em que escrevemos os votos dos noivos e discursos de padrinhos, que podem ser lidos na própria cerimônia ou mesmo durante a festa.

Você escuta histórias de amor o tempo todo. Quais delas mais te emocionaram, pode nos contar algumas?
Sempre fico impressionada com as histórias de amor à primeira vista, acho incrível escutar sobre aquela certeza crua que nasce no momento do encontro. Houve uma história em que o noivo amava a noiva antes mesmo de conhecê-la: de tanto escutar as pessoas próximas falarem bem dela, ele já sentia que a amaria assim que pusesse os olhos nela. E que amor bonito! Casaram-se há menos de seis meses.

Transformar as emoções em palavras é o maior desafio desse trabalho?
Eu sempre amei escrever, então transformar emoções em palavras é algo natural pra mim. Eu lembro do primeiro casamento que celebrei: naquele dia, meu maior desafio era fazer minha mão parar de tremer (risos!) porque, tradicionalmente, essa é uma posição reservada a homens que receberam alguma outorga para estarem ali – eles têm o respaldo de alguma instituição, seja o Estado, seja a Igreja. Eu só tinha o respaldo do meu próprio coração e dos casais que acreditaram em mim e no meu desejo genuíno de espalhar amor. Hoje eu sei que a Rito faz diferença na vida das pessoas: eu dou muito de mim, mas recebo muito de volta a cada agradecimento emocionado dos noivos e a cada vez em que uma vovozinha vem me abraçar depois da cerimônia. Essas coisas me fazem sentir que esse é o caminho certo.

Atuava em outra área antes? Como foi a transição?
Eu trabalhava com Pesquisa Qualitativa. Fazer uma especialização nessa área foi o que me motivou a mudar da minha terra natal (Caxias do Sul/RS) para São Paulo. Eu adorava! Confesso que ter trabalhado com técnicas de Etnografia e Análise do Discurso fez toda a diferença para o trabalho que desenvolvi na Rito, porque eu já era capacitada a escutar o que não foi dito, meu olhar já estava acostumado a procurar por sutilezas. Por dois anos, eu conciliei bem as duas carreiras mas, há um ano, decidi que a Rito merecia prioridade absoluta na minha vida. E não me arrependo, sinto que todos os caminhos me trouxeram até aqui.


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