Amo todos os casamentos que publico, mas esse especialmente eu estava louca para publicar porque por quase um ano a noiva trocou mensagens comigo contando sobre a organização do casamento no Caribe, mais especificamente em Curaçao – a ponto de até perguntar se eu queria ir, mas com a graviez, eu não podia viajar. Olhando as fotos da Renata Xavier – nossa, que vontade de estar neste destination wedding!

Como eu já conhecia vários detalhes do casamento e um pouco da noiva, desta vez eu nem precisei perguntar o que era mais a cara dos noivos no casamento. Eu já sabia: a energia positiva. Vocês não fazem ideia do alto astral e energia positiva dessa noiva, a ponto de nem parecer um mini wedding para 50 convidados e sim uma super festa-balada (tem noivos que acham que casamento pequeno pode ser desanimado… Aqui está a prova que tudo depende da energia dos noivos!).

O cenário escolhido ser em Curaçao tem motivo: a primeira vez que o casal foi à ilha tinha apenas 3 meses que a mãe da noiva havia falecido e Kizzy ainda estava muito abalada. Lá foi um lugar que ela começou a se sentir um pouco melhor e o noivo reparou que ela voltou a sorrir. O pedido de casamento foi ali e não poderia deixar de ser também o local para reunir amigos e família próxima para o casamento. O casal carioca se conheceu na casa de amigos na Lapa e já moravam juntos há 11 anos.

A cerimônia foi zen-budista, com leitura e o canto de alguns mantras budistas, incensos para espantar o que não for bom e também teve uma pequena pausa para meditação. “Nossa cerimônia foi linda! Começou às 17h30 e tivemos o pôr do sol como pano de fundo e o mesmo ‘morria’ dentro do mar caribenho de água cristalina! Muito romântico e ‘auspicioso’, como dizem os adeptos do budismo“, contou a noiva.

Foi um casamento cheio de detalhes, começando pelo convite cortado a laser que a Phatt Design fez e já dava o clima da festa. A noiva cuidou bastante dos convidados: “Eles, que vieram de tão longe, mereciam muitas regalias. Eu deixei uma guia turística local a disposição deles (para lhes buscar e levar ao aeroporto), vi hospedagem para todos e fizemos muitas festas e jantares para a galera interagir e se conhecer melhor, tudo isso antes da cerimônia“. Já na festa, havia à disposição dos convidados leques, chapéus panamá, repelentes e mini protetores solares de bolsa, velas aromatizadas em formato de cabeças de Budas e pequenas luminárias de Buda para trazer boas energias, escalda pés para os convidados que se esbaldaram na pista de dança (estes estavam esperando por eles no quarto do hotel), sandálias de palha estilizadas, pen drives com um ‘set list’ das melhores músicas tocadas no casamento, cartões postais com foto de Curaçao que o noivo tirou da bela ilha caribenha com palavras de agradecimentos escritos pelos noivos para os convidados.

Não parou por aí, tudo foi bem pensando: “Eu convidei a cantora Paula Lima para ir à Curaçao cantar na nossa cerimônia e festa e ela prontamente topou! O que nos deixou muito feliz! Jacson e eu ouvíamos muito as músicas dela na época do namoro e isso nos marcou! Assim que Jacson entrou na cerimônia com sua mãe, Paula Lima cantou a música “Meu bem, Meu zen”, de Caetano Veloso. Quando eu entrei com meu pai ela cantou a música que mais marcou o nosso amor na voz de Paula Lima – “É só tinha que ser com você”, do Tom Jobim! E na nossa saída da cerimônia ela cantou “Eu sei que vou te amar”, de Vinicius de Moraes. Foi mega emocionante! Todos os convidados choravam neste momento.

Nós contratamos também uma banda caribenha, lá de Curaçao, que só toca salsa, merengue e ‘cha cha cha’. Eles levaram um piano de calda para a praia onde foi a festa e foi incrível! O sax e o ‘bongô’ da banda deram um charme a mais. Eles tocaram algumas músicas brasileiros a pedidos dos convidados, como “Garota de Ipanema” e “País Tropical’, cantadas lindamente por Paula Lima que acompanhou a banda com sua bela voz!

O menu fiz questão de apenas servir frutos do mar! Tínhamos desde ostras frescas do mar do Caribe, salada de bacalhau, a escabechi e ceviche de salmão defumado, espetadas de camarão, salada de caranguejo, atum servido com algas marinhas, até a tradicional moqueca capixaba servida com pirão que a s minhas tias fizeram questão de fazer (foi servida nas panelas de barro, tal como manda a tradição da culinária lá da minha terra, no Espírito Santo). Servimos também doces caseiros variados e típicos do Brasil feitos pelas minhas tias capixabas: Doce de figo, abóbora, laranja, goiaba e amora. E muitos bombons belgas com formatos de conchas e estrelas do mar“, contou a noiva.